terça-feira, 9 de março de 2010

MULHER - SEXO NADA FRÁGIL!


OBS: ESTOU DE VOLTA!!! E APROVEITO QUE ONTEM FOI O DIA INTERNACIONAL DA MULHER, POSTAREI UM TEXTO A RESPEITO DA "MULHER NO MERCADO DE TRABALHO" E OUTRO SOBRE A" VIOLÊNCIA CONTRA A MESMA".



           
            * A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO


O trabalho da mulher sempre foi entendido como extensão do lar e o gênero feminino, como apto para cuidar da casa e dos filhos e para exercer algumas profissões específicas. O de educadora, por exemplo. Assim, as últimas décadas foram tempos de romper barreiras, em busca de maior inserção no mercado e da conquista da cidadania plena. O fenômeno ainda é lento, mas constante e progressivo. Pesquisa feita pelo Boletim DIEESE mostra que a população economicamente ativa (PEA) feminina, em relação à masculina, tem aumentado no transcorrer dos anos. Em 1992, no
Brasil, a PEA era representada por 39,4% de mulheres e 60,6% de homens. O que diferencia do ano 2002, que configurava uma porcentagem de 42,5 de mulheres e 57,5 de homens - um aumento ignificativo da figura feminina no mercado de trabalho. Contudo, mulher à frente da economia não designa grandes salários. Apesar de maior participação e grau de escolaridade em relação aos homens, de acordo com IBGE a defasagem salarial entre os sexos é de 43%.
No Brasil, o sexo feminino figura 41% da força de trabalho, mas ocupa somente 24% dos cargos de gerência. O balanço anual da Gazeta Mercantil revela que, em dez anos, a parcela de mulheres nos cargos executivos das 300 maiores empresas subiu de 8 para 13%. No geral, entretanto, as brasileiras recebem, em média, o correspondente a 61% do salário dos homens. Todavia, muitas conquistas foram percebidas por parte das mulheres. Elas entraram no mundo cultural, econômico, social e político, além de conseguirem adquirir vários direitos, que antes não eram admitidos.
Observa-se, portanto, a possibilidade concreta de uma nova ordem que inclui a relação complementar entre os sexos, de um Estado Democrático e de outros componentes que venham garantir a efetivação do velho/novo clamor por uma sociedade mais justa.





*A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: UM ATENTADO DOS DIREITOS HUMANOS


Atitudes que ferem a integridade corporal, psicológica e sexual da mulher, como agredir, matar, estuprar, são fatos que têm acontecido ao longo da história, em praticamente todos os países civilizados. Porém, mais frequentes naqueles de uma prevalescente cultura masculina. Organismos internacionais começaram a mobilizar-se depois de 1975, quando a ONU (Organização das Naçõe Unidas) realizou o Dia Internacional da Mulher. Somente em 1993 (na Reunião de Viena), a Comissão de Direitos Humanos incluiu um capítulo de denúncia e propôs medidas para coibir a violência de gênero. No Brasil, por exemplo, sob pretexto do adultério, o assassinato de mulheres era legítimo antes da República. Era permitido matar a ambos, esposa e amante. Oberve-se que, se este mantivesse relação constante com outra mulher, seria uma situação de concubinato e não adultério, o que configura uma nação machista e patriarcal.
Toda a sociedade ressalta a importância da família. Contudo, isso não significa que historicamente essa instituição tenha se organizado sob o princípios fundamentais de respeito à pessoa humana. A família, além de todas as suas funções positivas, tem sido o espaço da hierarquia e da subordinação e, muitas vezes, a violência doméstica tem gerado sofrimento para aquele que a ela se submetem, particularmente às mulheres, representando um grave custo social. A cada quatro minutos, no Brasil, uma mulher é espancada em seu próprio lar, e na maioria desses acometimentos, o agressor é íntimo da vítima.
Uma das principais conquistas no âmbito da violência contra as mulheres foi a Lei Maria da Penha, que incorpora a perspectiva de direitos humanos da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará) e a implantação de delegacias de atendimento especializado às mulheres (DEAM). Apesar dos avanços, estes não são suficientes para o triunfo da equidade. A exemplo disso, existem apenas 387 DEAMs, número que não atende nem 10% dos municípios brasileiros. É fundamental estabelecer uma articulação entre os programas dos Ministérios da Justiça, da Educação e da Saúde. De maneira a criar mais delegacias de defesa da mulher, com seus funcionários treinados permanentemente. Deve-se inserir, nos programas escolares, políticas públicas que visem ao mesmo objetivo - igualdade entre homens e mulheres. Um planejamento que funcionará com total participação da sociedade civil. Faz-se necessário também, que toda a população, reconheça que a  violência contra a mulher é um atentado aos Direitos Humanos e um obstáculo ao desenvolvimento e à consolidação plena da democracia.

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